Ensino e Aprendizagem da Leitura - Alfabetização (2025)

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Reeh Tiene 23/11/2024

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0 1 Disciplina: Ensino e Aprendizagem da Leitura e da Escrita DI Autores: Esp. Rosana Maria Nello da Cruz Geesdorf Revisão de Conteúdos: Esp. Orlei Candido Antunes / D.ra Maria Tereza Costa. Revisão Ortográfica: Esp. Juliano de Paula Neitzki Ano: 2018 Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade UNINA. O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 2 Rosana Maria Nello da Cruz Geesdorf Ensino e Aprendizagem da Leitura e da Escrita DI 1ª Edição 2018 Curitiba, PR Faculdade UNINA 3 FICHA CATALOGRÁFICA GEESDORF, Rosana Maria Nello da Cruz Ensino e Aprendizagem da Leitura e da Escrita DI / Rosana Maria Nello da Cruz Geesdorf. – Curitiba, 2018. 34 p. Revisão de Conteúdos: Orlei Candido Antunes. Revisão Ortográfica: Juliano de Paula Neitzki. Material didático da disciplina de Didática do Ensino – Faculdade São Braz (FSB), 2018. ISBN: 978-85-5475-200-2 4 PALAVRA DA INSTITUIÇÃO Caro(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) à Faculdade UNINA! Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão Universitária. A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas também brasileiros conscientes de sua cidadania. Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e estudantes. Bons estudos e conte sempre conosco! Faculdade UNINA 5 Apresentação da disciplina Nesta disciplina serão apresentadas as dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita em pessoas com deficiência intelectual, bem como alguns conceitos básicos de compreensão e desenvolvimento das habilidades nos sujeitos. Mantendo-se alerta aos sinais apresentados para um diagnóstico correto, seguido por intervenção. 6 Aula 1 – deficiência intelectual Apresentação da aula 1 Nesta aula serão abordadas as dificuldades da pessoa com deficiência intelectual e suas características. Além de buscar um aprimoramento, que facilitará no desenvolvimento no que tange ao trabalho com pessoas com D.I (deficiência intelectual). 1. O que é deficiência intelectual? A deficiência intelectual ou cognitiva está diretamente ligada ao Q.I (Quociente de Inteligência), e consiste em dificuldade para resolução de problemas, compreender ideias abstratas, como é o exemplo das metáforas, noção de tempo e valores monetários. Os indivíduos com D.I, têm dificuldades para estabelecer relações sociais, compreender e obedecer regras e realizar atividades cotidianas como as ações de autocuidado. A capacidade de argumentação desses alunos também pode ser afetada, sendo necessária uma mediação efetiva, facilitando o processo de inclusão, bem como a aquisição de autonomia em relação ao mundo. Vocabulário Metáfora. Substantivo feminino: Designação de um objeto ou qualidade, mediante uma palavra que designa outro objeto ou qualidade que tem com o primeiro, uma relação de semelhança (p.ex., ele tem uma vontade de ferro, para designar uma vontade forte, como o ferro. Fonte:http://tecnicasderedacao.tumblr.com/post/7251458982/atividade-8º-a-e-b 7 Importante “O Instituto Inclusão Brasil estima que 87% das crianças brasileiras com algum tipo de deficiência intelectual têm mais dificuldades na aprendizagem escolar e na aquisição de novas competências, se comparadas com crianças sem deficiência. Mesmo assim, é possível que a grande maioria alcance certa independência ao longo do seu desenvolvimento. Apenas os 13% restantes, com comprometimentos mais severos, vão depender de atendimento especial por toda a vida”. fonte:https://novaescola.org.br/conteudo/271/o-que-e-deficiencia-intelectual O funcionamento cognitivo desses indivíduos não corresponde à média esperada, ou seja, está abaixo do que é considerado normal. A dúvida dos pais se deve aos campos que podem ser direta ou indiretamente afetados pelo desempenho cerebral da criança. Essas questões não devem se pautar pela suposição, mas pela certeza de um diagnóstico que seja certificado por um profissional da área da saúde. Por se tratar de uma limitação que atinge determinadas habilidades da pessoa, é sempre bom lembrar que os casos devem ser analisados de forma isolada, pelas peculiaridades que cada paciente possui. É necessária uma avaliação detalhada e precisa para que então, após um laudo, sejam adotadas medidas de intervenção conforme cada caso específico. 1.1 O que causa as dificuldades de aprendizagem Os médicos não trabalham apenas com uma linha de pesquisa, no que se refere à deficiência intelectual, pois ela deriva de vários fatores que não necessariamente derivam em uma pessoa, mas possui diagnóstico de maneira generalizada. As causas para tal dificuldade são variadas e complexas, podendo ser a genética a mais comum, assim como as complicações perinatais, a má-formação 8 fetal ou problemas durante a gravidez. A desnutrição severa e o envenenamento por metais pesados durante a infância, também podem acarretar problemas graves para o desenvolvimento intelectual. Alguns casos podem ser evitados. Logo após o nascimento, existe a possibilidade do bebê manifestar deficiência intelectual. Um dos fatores que muitos pais e mães não sabem, é que ao expô-la ao mercúrio (presente no peixe) pode causar um perigo iminente ao feto, no período da gestação. Após o nascimento, é aconselhável que a criança não se alimente de peixes ricos em mercúrio e, durante a amamentação, é importante que a mãe também não o ingira. Outra atitude muito importante para evitar a deficiência é seguir as recomendações do pediatra, bem como fazer com que sejam ministradas as vacinas no bebê, lembrando que as precauções citadas são válidas para crianças que não são diagnosticadas após o nascimento. 1.1.1 Sinais indicativos de deficiência intelectual A deficiência intelectual pode ser diagnosticada antes dos 18 anos, sem mencionar um ano, especificamente. Porém, é importante a família e a equipe pedagógica estarem atentas a alguns comportamentos que podem fazer com que sejam notadas, mais cedo, as dificuldades. Quanto antes, melhor! Quando a criança está acima de dois anos, demonstra familiaridade com algumas atividades e brincadeiras, e reconhece as pessoas que fazem parte de seu convívio. A criança pode queixar-se muito de dores como: no estômago, no ouvido, e na garganta. As queixas devem ser levadas em consideração, e a criança ao pediatra, uma vez que elas podem fazer parte de uma situação emocional. O medo excessivo e com frequência também é um sinal de alerta, assim como ansiedade e irritabilidade. Outro fator que deve ser observado é a mudança de apetite, tanto para mais, quanto para menos. Na vida escolar, as crianças manifestamdificuldades nas habilidades pedagógicas e psicomotoras. Quando observadas é possível notar que algo não está normal. Exemplos: ➢ Falta de interesse pelas atividades ministradas em sala de aula; ➢ Pouca interação com os colegas e a professora; 9 ➢ Dificuldade para identificar letras e problemas na fala, pois a comunicação é afetada; ➢ Dificuldade em se adaptar aos diversos tipos de ambientes; ➢ Quando a criança perde ou esquece o que já havia aprendido (e demonstrado habilidade); ➢ Confusão no uso de palavras que indicam direção (dentro, fora, em cima/embaixo, direita/esquerda); ➢ Dificuldade de coordenação motora grossa (tropeça, colide com objetos e cai muito); ➢ Dificuldade de coordenação motora fina (não pega corretamente o lápis e não sabe usar a tesoura); ➢ Dificuldade para reconhecer cores e números; ➢ Dificuldade de associar letras aos sons; ➢ Dificuldade com sequências (1,2,3...); ➢ Dificuldade para contar; ➢ Dificuldade para memorizar fatos numéricos (quantos anos têm); ➢ Dificuldade para aprender cantigas infantis com rimas; ➢ Frases ditas de maneira confusa, com erro de pronúncia das palavras. Nesse caso, os sinais podem acarretar diversos tipos de dificuldades de aprendizagem, que são diagnosticadas após vários testes realizados por profissionais da área da saúde. Sendo elas: ➢ “Dislexia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio apresentam, tipicamente, uma dificuldade de leitura. É muito comum, apresentando mais de 2 milhões de casos relatados por ano no Brasil. ➢ Disgrafia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio apresentam dificuldade na escrita. Isso inclui, principalmente, erros de ortografia, como trocar, omitir, acrescentar ou inverter letras. ➢ Discalculia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio são afetados, principalmente, em sua relação com a matemática. Portanto, os sinais envolvem dificuldade em organizar, classificar e realizar operações com números. 10 ➢ Dislalia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio demonstram dificuldades na fala. Eles podem ter alterações da formação normal dos órgãos fonadores, dificultando a produção de certos sons da língua. ➢ Disortografia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio, geralmente, também são afetados pela dislexia. Embora também esteja relacionada à linguagem escrita, é mais ampla do que a disgrafia. Pode envolver, desde a falta de vontade de escrever, até a dificuldade em unir orações. ➢ Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): Os alunos que enfrentam esse distúrbio apresentam baixa concentração, inquietude e impulsividade. Foi constatado que uma das causas do TDAH é genética, e que há implicações neurológicas. O TDAH já é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um transtorno legítimo”. Curiosidade A pessoa com deficiência intelectual deve ser respeitada e tratada conforme sua idade cronológica, ou seja, deve-se tratar os adultos como adultos e as crianças como crianças, independentemente do nível de aprendizagem. Embora as deficiências sejam diagnosticadas por profissionais da área da saúde como psicólogos, psiquiatras e neurologistas, o tratamento abrange uma ampla equipe, incluindo os pais, familiares, pedagogos, psicopedagogos e até mesmo coordenação e direção escolar. Todos precisam estar atentos aos sinais e preparados para receber os laudos e assim começar a desenvolver trabalhos específicos com cada criança diagnosticada. Trabalhar com um indivíduo diagnosticado com uma das deficiências citadas exige paciência, estudo, pesquisa e, acima de tudo, empatia. A criança precisa se sentir segura e aceita. 11 É importante lembrar que a negação referente às atividades ministradas em sala de aula, não são de acordo com o gosto da criança, mas pelo diagnóstico da dificuldade e deficiência que ela possui. É possível trabalhar de forma efetiva, porém, é um trabalho a longo prazo. Não se pode esperar um resultado imediato, pois a pressão faz com que a criança fique ainda mais inibida e passe a ter ainda menos interesse pelas atividades. Uma pessoa com deficiência intelectual não deve ser subestimada, pois ela possui potencialidades que devem ser valorizadas. Não se deve esquecer dos direitos a inclusão e a igualdade. Saiba Mais Leia “A deficiência intelectual: 10 passos para identifica-la”. Fonte:https://www.greenme.com.br/viver/especialcriancas/3595-deficiencia-intelectual-10-sinais-para-ajudar-voce-a-identifica-la Ví deo Assista essa reportagem realizada na instituição APAE, onde é falado e demonstrado um pouco sobre crianças com D.I https://www.youtube.com/watch?v=ess5_j-QWZI Conclui-se que é de suma importância a atenção da família e do professor presente em sala de aula, para observar se há algo de diferente com o indivíduo, se não está aprendendo e se desenvolvendo de forma esperada. Qualquer dúvida (por menor que seja) torna-se importante o encaminhamento a um profissional da área da saúde, para que ele possa realizar os devidos testes e, se necessário, fazer novos encaminhamentos e assim seguir com um laudo médico. Não cabe ao pedagogo e à família decidir o momento para o encaminhamento, pois, quanto antes descoberto o motivo para algumas https://www.greenme.com.br/viver/especialcriancas/3595-deficiencia-intelectual-10-sinais-para-ajudar-voce-a-identifica-lahttps://www.greenme.com.br/viver/especialcriancas/3595-deficiencia-intelectual-10-sinais-para-ajudar-voce-a-identifica-lahttps://www.greenme.com.br/viver/especialcriancas/3595-deficiencia-intelectual-10-sinais-para-ajudar-voce-a-identifica-lahttps://www.youtube.com/watch?v=ess5_j-QWZI 12 dificuldades, melhor e mais eficaz se fará a intervenção. Desta forma lembre-se: é melhor pecar pelo excesso do que pela falta. Resumo da Aula Nessa aula viu-se o que é a Deficiência Intelectual, bem como os fatores etiológicos. Aplicação do conhecimento e fazer os devidos encaminhamentos para profissionais especializados sendo eles: psicopedagogos, professores, pedagogos, psicólogos, neurologistas, entre outros, com a indispensável participação da família, além da ininterrupção para tratamento da deficiência. Atividade de Aprendizagem Após uma ampla análise sobre a Deficiência Intelectual, pesquise sobre como funciona o Atendimento Educacional Especializado segundo a Instrução n° 007/2016 da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Aula 2 – Dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita Apresentação da aula 2 Nesta aula será exposto sobre algumas dificuldades específicas de crianças diagnosticadas com D.I (Deficiência Intelectual), dentro da construção do processo de leitura e escrita, além de possíveis e necessárias intervenções. 2. Dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita O processo da leitura e da escrita compreende aprendizagens ligadas a conceitos, procedimentos e atitudes. Algumas dificuldades se darão desde o momento em que a criança é inserida na escola, até o momento final de sua formação acadêmica. Dessa forma, é importante que a escola crie ambientes alfabetizadores prazerosos para que, com a familiarização e visualização da linguagem escrita, se desenvolva, na criança, uma habilidade autônoma. http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/instrucao072016sued.pdf 13 É importante analisar as dificuldades de aprendizagem que são encontradas na trajetória da vida escolar das crianças, principalmente nas séries iniciais. As dificuldades surgem envolvendo vários aspectos como sociais, comportamentais, culturais e pedagógicos. A leitura é um processo complexo que envolve vários sistemas e habilidades, sendo elas linguísticas, perceptivas, motoras e cognitivas. Não se pode esperar, portanto, que seja determinado um único fator como responsável pela dificuldade para aprender.Os distúrbios de aprendizagem dependem de causas múltiplas, cabendo aos profissionais que realizem os diagnósticos da área comprometida e a consequência, fazendo assim a recomendação da abordagem terapêutica/educacional mais indicada para a superação das dificuldades. É comum encontrarmos crianças que fazem apenas cópias, porém não lê e não interpreta. Para produzir um texto, necessita de total ajuda da professora ou de outro adulto, ou seja, dependente no que se refere à leitura e à escrita. Essas dificuldades têm aumentado cada vez mais e com elas o fracasso e o abandono escolar. A relação entre ENSINO X APRENDIZAGEM é algo muito complexo, pois diversos fatores sociais, comportamentais, culturais e pedagógicos interferem na sala de aula, ou seja, a escola não é uma instituição independente. Esse processo depende, primeiramente, do aprendizado que se realiza em um determinado grupo cultural a partir da interação com outros indivíduos. O papel fundamental na conquista desse código escrito é o preparo do educador alfabetizador, na compreensão do processo, das etapas e das hipóteses levantadas, além de considerar a criança como um ser presente. Com posse desses dados, o educador tem a possibilidade de planejar as atividades que estejam condizentes com os níveis de desenvolvimento cognitivo de seus alunos. Para que seja possível minimizar as dificuldades que se apresentam, é necessário conhecer as causas e investir nas potencialidades e na capacidade de cada criança. Toda criança tem possibilidades e capacidade para aprender. Quando isso não ocorre, é porque alguma coisa não está indo bem. Nesse momento, é 14 necessário que tanto os professores, como os demais profissionais responsáveis pelo processo de aprendizagem se questionem a respeito dos fatores que não contribuem para aprendizagem. É um trabalho árduo, de interpretação, compreensão e conhecimento relativo da criança. Esses aspectos são de grande importância para todos os que estão comprometidos com o processo educativo. Deve-se levar em consideração o contexto onde a criança está inserida, o fator social e ambiental, pois tais fatores são importantes para aprendizagem. A origem da criança é responsável pelas suas atividades de segurança, de confiança no desempenho de suas atividades e na aquisição de experiências bem-sucedidas, fazendo com que obtenha resultados positivos sobre si mesma e o que está a sua volta. Para tentar compreender o fracasso escolar, foram analisados os aspectos sociais, escolares e psicolinguísticos das crianças. É importante lembrar que o peso do ambiente escolar contribui para o próprio fracasso escolar, a metodologia aplicada por memorização compulsiva e repetição não contextualizada, a maneira como os professores se expressam, rotulando ou classificando como “bons” e “maus” alunos. A aprendizagem é vista como apreensão ou assimilação das normas linguísticas que são impostas pelo sistema social. É uma tarefa de conceptualização, caracterizando-se como a compreensão dos princípios organizados da língua, por parte dos alunos. Segundo Gomes e Faria Filho (1997): A teoria cognitiva busca as origens das dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita na inteligência, na percepção, na integração de sentidos auditivos e visuais, na memória imediata, na atenção seletiva e na linguagem, ou seja, naquilo que ela denomina como déficits cognitivos. Desta forma, aprender a ler e a escrever é muito mais que adquirir habilidades básicas, é construir, obter e atribuir sentido e significado à aprendizagem. Para isso, enfatiza-se a criação de um contexto social (zona de desenvolvimento proximal) no qual as crianças aprendam ativamente a usar, provar e manipular a linguagem, colocando-a a serviço, atribuição de sentido ou da criação de significado. (GOMES E FARIA FILHO,1997). Para que a criança consiga construir tal conhecimento, ela passa por uma organização ou hipóteses, até que possa dominar o conhecimento específico das letras. Os níveis são: Pré-silábico e silábico-alfabético. 15 Nível Pré-silábico: A criança não estabelece uma relação entre a escrita e a pronúncia, expressando sua escrita por intermédio de desenhos, rabiscos e letras aleatórias sem repetições. Nessa fase, a criança não imagina que as letras possam ter relação com os sons da fala. Para ela, coisas grandes necessitam de muitas letras e coisas pequenas de poucas letras, é o que Piaget chama de fase do “realismo nominal”, para designar a impossibilidade de conceber a palavra e o objeto a que se refere como duas realidades distintas. Nível silábico-alfabético: Nessa fase se inicia a superação da hipótese silábica, quando a criança compreende que a escrita representa o som da fala. Ela consegue combinar as vogais e consoantes em uma mesma palavra, em uma tentativa de combinar os sons. O grande mito e um enorme erro que sustenta a cultura do fracasso escolar é a classificações de “bons e maus alunos”, pois esses rótulos apenas contribuem para aumentar o índice desse fracasso. Na realização de diversas pesquisas referentes ao fracasso escolar, foi possível observar que vários aspectos estão presentes nessas dificuldades. Vejamos alguns: Problema localizado no aluno: segundo a concepção organicista o aprendiz já nasce com essa responsabilidade instalada em seu cérebro. Nesse caso, a inteligência do aluno está comprometida. A concepção dos transtornos afetivos da personalidade aponta como fatores determinantes da não aprendizagem, as perturbações afetivas e características da personalidade, indicando que tais sintomas podem afetar o campo cognitivo do aluno. As explicações decorrentes das teorias socioculturais atribuem à criança que fracassa na escola, deficiências, carências ou diferenças, que vão desde comparações e atribuições valorativas de seus hábitos cotidianos, até a incompetência linguística. Maturidade: um fator determinante no processo. Na teoria organicista a maturidade se apresenta como natureza física-neurológica. Ausência de abordagens: estão relacionadas às especificidades da língua, linguagem oral escrita e, consequentemente, do próprio objeto de 16 aprendizagem, ou seja, não se considera a escrita como objeto de conhecimento do processo de aprendizagem da língua. O preconceito linguístico: está presente nas práticas escolares e se apresenta como grande fator de discriminação das crianças das camadas desfavorecidas da sociedade, como aponta Soares (1985, p. 17): “é o uso da língua na escola que evidencia mais claramente as diferenças entre o grupo social e que gera discriminação e fracasso”. O erro ao classificar um aluno em “bom ou mau” pode fazer com que a dificuldade na leitura e escrita seja um problema ainda maior, pois o professor pode colocar o aluno em uma situação de baixa autoestima, fazendo com que ele não se sinta estimulado à aprender e “sair do problema”. É verdade que o desafio, ao se trabalhar com crianças que possuem maiores dificuldades, é maior, porém é importante que seja levado em consideração o fato da dificuldade devido a um problema neurológico, entre outros fatores e não por que a criança quer ser assim. Deve-se enfatizar, com os próprios alunos, a importância de aprender a ler e a escrever. Devemos fazer isso diariamente e várias vezes, para que sejam ainda mais estimulados. Para alguns alunos, o fracasso escolar pode ser indicio de que algo está acontecendo, como uma confusão mental ou emocional. Ele se caracteriza como uma fuga, onde o aluno apresenta que algo não está certo e nem bem com ele. É uma forma de chamar a atenção, de pedir ajuda e socorro, pois com o fracasso, se chama a atenção de alguma forma. A partir do momento em que o aluno é observado, a dificuldade será pesquisada e então pode-se chegar ao problema ouà situação que ele passa. Para Cordie, “aprender implica um desejo, um projeto, uma perspectiva, não é apenas compreender”. (CORDIE, 1996, p.27.). 17 Importante A busca do saber e a busca da construção do sujeito poderiam ocorrer conjuntamente, porém muitos não conseguem vivenciar os dois processos ao mesmo tempo. Podemos deduzir que isso ocorre tendo em vista a rigidez do tempo escolar, o excesso de regras, a estagnação dos conteúdos e o pouco espaço para conversas e brincadeiras. No artigo O mecanismo psíquico do esquecimento, de 1915, Freud escreve que “entre os vários fatores que contribuem para o fracasso de uma recordação ou para a perda de memória, não se deve menosprezar o papel desempenhado pelo recalcamento”. Segundo o pai da psicanálise, o fato de esquecermos algo - em geral nomes próprios, intenções, conhecimentos ou outras coisas corriqueiras – denuncia a ligação do conteúdo esquecido com algo que possa trazer uma sobrecarga de desprazer. O fato que a pessoa não podia saber e que agora sabe, estaria sendo transportado à matemática (por exemplo), ocorrendo o que a psicanálise denomina de deslocamento. O rendimento insatisfatório que vem rodeando nossos alunos é de grande preocupação dos educadores, em especial em alunos que se encontram nos primeiros anos da vida escolar. Em escolas públicas, no Brasil, os rendimentos insatisfatórios são maiores, e um grande número de alunos têm apresentado dificuldades em diferentes áreas em relação aos padrões definidos pela escola. Com isso, pode-se observar e levar em conta que na escola pública estão concentrados diferentes tipos de contextos sociais e econômicos. Muitos artigos e psicopedagogos mostram e falam da necessidade de se trabalhar com as potencialidades das crianças, a partir dos seus conhecimentos prévios, em uma perspectiva de letramento, da maneira que os usos das funções da escrita e da leitura estejam presentes no processo de alfabetização. Todos apontam à necessidade de se rever práticas pedagógicas como a memorização excessiva e de a escola abrir-se à escuta dos problemas de seus alunos, com a perspectiva de excluir ou promover esses alunos, integrando-os na sociedade, 18 antes que abandonem a instituição escolar por se sentirem fracassados e incapazes. Ví deo Após algumas considerações sobre as potencialidades dos alunos, assista ao vídeo e reflita. https://www.youtube.com/watch?v=s6NNOeiQpPM Conclui-se que as dificuldades presentes no cotidiano escolar são desenvolvidas devido a vários fatores, quando analisados e observados. Levar em consideração a dificuldade e a causa em que um aluno pode fazer a diferença em sua vida escolar, estimulado e trabalhando de forma correta, serão efetivas mesmo que, ao longo do tempo. Além de tentar ensinar, é importante fazer da sala de aula e do conteúdo ministrado, principalmente sendo a leitura e a escrita, um lugar e uma matéria prazerosa. Resumo da Aula Atividade de Aprendizagem Após análise sobre as causas possíveis relacionadas as dificuldades na leitura e na escrita, pesquise e descreva alguns métodos para serem trabalhados mediante tais dificuldades em sala de aula. Analisaram-se diversos fatores que causam a dificuldade na leitura e na escrita, além dos erros que os educadores não devem cometer, como classificar um aluno em “bom ou mau” devido seu rendimento escolar, mesmo sendo satisfatório ou insatisfatório, pois o rendimento é efeito de alguma causa presente na vida do educando. https://www.youtube.com/watch?v=s6NNOeiQpPM 19 Aula 3 - Como lidar com alunos com deficiência intelectual na escola? Apresentação da aula 3 Nesta aula será exposto o trabalho em sala de aula estudantes com D.I (deficiência intelectual). 3. Como lidar com alunos com deficiência intelectual na escola? Lidar com crianças com D.I não é uma tarefa fácil. Um dos maiores desafios é identificar o problema e a causa e, assim, dar início a um trabalho árduo para as auxiliar nas dificuldades. Podemos ter a certeza do sucesso no trabalho desenvolvido? Dará resultado? Como e quanto devemos agir? Teremos resultados a curto prazo? Essas são algumas de muitas dúvidas que professores e educadores têm. Na realidade, há uma ansiedade no que diz respeito aos resultados do trabalho desenvolvido em sala de aula com alunos que possuem dificuldades. Para muitas dessas perguntas não possuímos respostas, pois somente o dia a dia e a experiência de cada um, juntamente com o tempo, poderá responder. O que podemos afirmar é que os resultados mediante ao que será desenvolvido em sala de aula, não são imediatos, mas são gratificantes e possíveis. Segundo a psicopedagoga especialista em Inclusão, Daniela Alonso, as limitações impostas pela deficiência dependem muito do desenvolvimento do indivíduo nas relações sociais e de seus aprendizados, variando bastante de uma criança para outra. Em geral, a deficiência intelectual traz mais dificuldades para que a criança interprete conteúdos abstratos. Isso exige estratégias diferenciadas por parte do professor, que diversifica os modos de exposição nas aulas, relacionando os conteúdos curriculares à situações do cotidiano, e mostra exemplos concretos para ilustrar ideias mais complexas. Para a especialista, o professor é capaz de identificar rapidamente o que o aluno não é capaz de fazer. O melhor caminho para se trabalhar, no entanto, é identificar as competências e habilidades que a criança têm. Propor atividades paralelas com conteúdo mais 20 simples ou diferente, não caracteriza uma situação de inclusão. É preciso redimensionar o conteúdo com relação às formas de exposição, flexibilizar o tempo para a realização das atividades e usar estratégias diversificadas, como a ajuda dos colegas de sala - o que também contribui para a integração e para a socialização do aluno. Em sala, também é importante a mediação do adulto no que diz respeito à organização da rotina. Falar para o aluno com deficiência intelectual, previamente, o que será necessário para realizar determinada tarefa e quais etapas devem ser seguidas é fundamental. O professor precisa entender as dificuldades dos alunos com limitações de raciocínio e desenvolver diversas formas criativas para auxiliá-los. Trabalhar com alunos com deficiência intelectual parece o mais complexo trabalho. Para os surdos, os primeiros passos são dados com a Língua Brasileira de Sinais (Libras), para os deficientes visuais temos o Braille, para pessoas com deficiência física, temos um ambiente adaptado e materiais que auxiliam nas tarefas do dia a dia. E para os alunos com deficiência intelectual? Por onde e como devemos começar? Importante No geral, especialistas na área sabem que existem características comuns a todo esse público (leia a definição no quadro desta página). São três as principais dificuldades enfrentadas por eles: falta de concentração, entraves na comunicação e na interação e menor capacidade para entender a lógica de funcionamento das línguas, por não compreender a representação escrita ou necessitar de um sistema de aprendizado diferente. "Há crianças que reproduzem qualquer palavra escrita no quadro, mas não conseguem escrever sozinhas por não associar que aquelas letras representem o que ela diz", comenta Anna Augusta Sampaio de Oliveira, professora do Departamento de Educação Especial da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). 21 https://novaescola.org.br/conteudo/440/formas-criativas-estimular-mente-deficientes-intelectuais Alunos com dificuldade de concentração e de aprendizagem necessitam de um ambiente organizado, de rotina e de atividades lógicas e regras. A sala de aula possui muitos elementos como: quadro, colegas, livros, materiais, entre outros.Nessa forma, conseguir se concentrar e focar o raciocínio fica ainda mais difícil, é aconselhável que as aulas tenham início prático e sejam instrumentalizadas. Aulas lúdicas são grande aliadas para o desenvolvimento de alunos que possuem dificuldades maiores para aprender. Falar a mesma coisa, repetitivamente, não irá resolver o problema. O aluno não necessita desse tipo de reforço, ele precisa desenvolver a habilidade de prestar a atenção, para depois entender o conteúdo. Para tal são necessárias estratégias diferenciadas. Deve-se iniciar com algo que mantenha o aluno atento e exija concentração como jogos de tabuleiro, xadrez, quebra cabeça, imitação de sons e movimentos. Jogos que exijam cálculo mental também são bem-vindos. Pode-se aconselhar a família a jogar com a criança em casa, assim a concentração será reforçada. Trabalhar a dificuldade de concentração da criança não é uma tarefa apenas do professor e dos profissionais da área da saúde, é de responsabilidade familiar também. A criança aprende brincando, o brincar é prazeroso e desta forma pode-se fazer com que o aprendizado também o seja. É importante adequar a atividade a idade para qual será ministrada e aos assuntos que serão trabalhados. Por exemplo, ao se trabalhar formas geométricas, pode-se realizar uma atividade a qual se encontre figuras semelhantes ao círculo, quadrado e retângulo. Algumas crianças desenham uma carinha para cada tipo de forma, o que faz com que ela memorize e lembre-se dos nomes delas. Deve-se considerar todo esforço por parte do aluno. Lembre-se que ele utiliza meios para tentar memorizar, é como usar um desenho para cada letra do alfabeto, o que chamamos de alfabeto ilustrado. Deve-se ter o objetivo de que, sempre que possível e mesmo com atividades diferenciadas, o aluno participe das atividades e do grupo. A tarefa deve ter avaliação específica para o aluno, observando sempre o progresso e aos poucos aumentando o nível de dificuldade, complexidade e quantidade das https://novaescola.org.br/conteudo/440/formas-criativas-estimular-mente-deficientes-intelectuaishttps://novaescola.org.br/conteudo/440/formas-criativas-estimular-mente-deficientes-intelectuais 22 atividades. As atividades não devem ter um peso muito grande, ou seja, deve ser tão fácil quanto necessária para que o aluno sinta que é capaz e que consegue fazer, porém, sempre com a presença de um desafio. Aos poucos se pode aumentar o nível de dificuldade, complexidade e quantidade das atividades, sendo assim a sequência de exercícios agradáveis e parecidos aumentará o desejo e a capacidade de se concentrar da criança. A sequência de exercícios precisa ser coerente ao nível de aprendizagem do aluno, sempre propiciando novos desafios e a capacidade de concentração da criança. É importante lembrar que cada indivíduo aprende de um jeito e por isso devemos procurar um meio para fazer chegar ao educando o aprendizado. Não pense que será algo imediato. Talvez você dê início a um trabalho que o professor do ano seguinte dará continuidade. Não desista, pois, o importante é que seja iniciado. O fato de perceber a dificuldade do seu aluno e buscar alternativas para que possa ensinar é o mais importante, pois houve a sensibilidade de notar a criança e isso faz com ela se sinta especial. Para Refletir Gostaria de levá-lo a refletir no que você tem feito em sala de aula para seus alunos. O que você acha que precisa mudar? Está bom da forma como está? Muitas vezes o aluno não consegue escrever, mas isso não significa que ele não possa imaginar e contar. A imaginação da criança é uma ferramenta de grande valia, uma grande ferramenta nas mãos do professor. Use-a a seu favor e principalmente a favor de seus alunos. Aqueles que são capazes de imaginar e de ilustrar, consequentemente, serão capazes de ensinar. A contação de histórias pode ser uma ótima opção a essa fase. 23 Vídeo Assista este trecho de “A Maior Flor do Mundo”, de José Saramago, que demonstra exatamente o que foi citado com relação à imaginação de quem não consegue escrever, porém que a usa para contar e encantar. https://www.youtube.com/watch?v=YUJ7cDSuS1U Vygotsky defendia que a condição humana não é dada pela natureza, mas construída ao longo de um processo histórico-cultural pautado nas interações sociais realizadas entre o homem e o meio o qual está inserido. O bom desempenho escolar da criança, tendo dificuldade de aprendizagem ou não, depende das oportunidades das relações que se estabelecem. Vygotsky argumentava que os alunos fossem ativamente encorajados a superar suas atuais habilidades, alegando que estratégias pedagógicas adequadas são capazes de provocar avanços que não ocorreriam espontaneamente. É a isso que se refere um de seus principais conceitos, o de zona de desenvolvimento proximal (ZDP). A ZDP nada mais é do que a distância entre o desenvolvimento real, que se costuma determinar por meio da solução independente de problemas, e o desenvolvimento potencial, determinado pela resolução feita com a ajuda de um adulto ou em colaboração com companheiros. Por meio dessa concepção, Vygotsky ressalta a importância da escola e do professor no processo de desenvolvimento dos alunos. Para ele, o educador, em primeiro lugar, deve conhecer bem o estudante, a fim de planejar estratégias a partir de objetivos baseados em seu potencial, ou seja, naquilo que ele é capaz de fazer quando conta com ajuda. Em uma de suas muitas obras, Vygotsky afirma que “o comportamento atualizado é apenas uma infinitésima parte do comportamento possível. O homem está cheio de possibilidades não realizadas (…).(VIGOTSKI, 1989, p.10). Assim, é essencial que o professor aposte no aluno. Desafie-o, oportunizando interações com o ambiente social e cultural, ou seja, com outros estudantes, com a comunidade e com o currículo – capazes de alavancar seu desenvolvimento. http://diversa.org.br/tag/colaboracao 24 Amplie Seus Estudos Leia o artigo O desenvolvimento de alunos com deficiência intelectual e o mito da idade mental. http://diversa.org.br/artigos/o-desenvolvimento-de-alunos-com-deficiencia-intelectual-e-o-mito-da-idade-mental/?gclid=EAIaIQobChMIiL3_h9ji1wIVlYKRCh3_SA-cEAAYASAAEgIbHPD_BwE A escola deve assumir o papel primordial referindo-se ao aprendizado e desenvolvimento da criança, focando na promoção do desenvolvimento e da capacidade intelectual, principalmente no que se refere aos alunos com deficiência intelectual, visto que o foco é a aprendizagem. Resumo da Aula Nessa aula observou-se a importância do conhecimento e da participação do professor, de forma prática, na vida acadêmica de alunos com Deficiência Intelectual, além da busca de estratégias de trabalho os que permitam a estes chegar ao aprendizado, bem como sobre a função e a responsabilidade da escola. Atividade de Aprendizagem Baseado no que aprendemos e discutimos sobre a responsabilidade das escolas referente à aprendizagem de alunos com dificuldades e deficiência intelectual, pesquise a atual situação das escolas mediante tais dificuldades e descreva o que se faz necessário mudar. 25 Aula - 4 Diagnóstico Apresentação da aula 4 Nesta aula será verificado sobre o diagnóstico e possíveis intervenções no que se refere à dificuldade de aprendizagem da leitura e da escrita na deficiência intelectual. 4. Diagnóstico A concepção de deficiência mental como fenômeno caracterizado por incompetência generalizada e limitações no funcionamento individual vem sendo, há muito tempo, notificada e especificada por estudiosos do assunto, evidenciando-se ainda em nosso dia a dia. Fundamenta-se no julgamento clínico e na literatura especializada, como indicam os atuais sistemas e categoriais de transtornos e doenças mentais,como a Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento – CID-10, publicação da Organização Mundial de Saúde (OMS), e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-IV, publicação da Associação Psiquiátrica Americana-APA. A deficiência intelectual está inserida na sociedade há séculos, figurando como demência e comprometimento permanente da racionalidade e do controle comportamental. Tal compreensão pode ter contribuído para o aparecimento e a manutenção de preconceito e influenciado pensamentos e atitudes discriminatórias acerca da deficiência mental, como se verifica em muitas sociedades modernas. Denunciar o estigma da loucura e da incompetência, associados a esse fenômeno, é imperativo para os profissionais que estudam essa área, além de pesquisadores e profissionais que atuam na intervenção. Ela tem sido identificada como uma condição individual, inerente e restrita à pessoa. Essa posição encontra fundamento nas perspectivas organicistas e psicológicas e se atribui pouca importância à influência de fatores socioculturais. O diagnóstico da deficiência mental cabe a médicos e psicólogos clínicos, sendo realizado em consultórios, hospitais, centros de reabilitação e clínicas. Equipes interdisciplinares de instituições educacionais também o realizam, 26 identificando e encaminhando aos demais profissionais, quando necessário. De modo geral, a demanda atende a propósitos educacionais, ocupacionais, profissionais e de intervenção. Esse diagnóstico está inserido nas práticas sociais. O registro do diagnóstico destina-se à diversas finalidades, como: intervenção, benefícios, assistência previdenciária, proteção legal, acesso à cotas para emprego, entre outras, além de justificar a alocação de recursos materiais e financeiros para programas de atendimento. Desse modo, funciona como instrumento clínico e legal. Para a realização do diagnóstico, são necessários instrumentos e recursos que garantam resultados confiáveis. Os manuais de psiquiatria e os sistemas internacionais de classificação estão entre os referencias que mais orientam e são utilizados nesse procedimento. As técnicas mais utilizadas são as entrevistas de anamnese e testes psicológicos (particularmente de mensuração da inteligência), associando-se ao julgamento clínico, para a condução do processo. A deficiência intelectual é uma condição complexa. Seu diagnóstico envolve a compreensão da ação combinada de quatro grupos de fatores etiológicos, sendo eles: biomédicos, comportamentais, sociais e educacionais. A ênfase em elementos dessas dimensões depende do enfoque e da fundamentação teórica que orientam a concepção dos profissionais. “Ao final do séc. XIX, a concepção de deficiência mental estava associada à perspectiva exclusivamente organicista, de natureza neurológica, identificada pelo atraso no desenvolvimento dos processos cognitivos, distinta da concepção de doença mental. Essa herança ingressou no séc. XX, de maneira hegemônica. O Tratado de Psiquiatria de Bleuler, em 1955, já incorpora aspectos dinâmicos às chamadas doenças mentais. Abre espaço para questões subjetivas, admite a perspectiva de multicausalidade e aceita a diversidade de expressões sintomatológicas. A deficiência mental figura como distúrbios congênitos da personalidade, inscrito na categoria das oligofrênicas, assim entendidas como estados deficitários congênitos e precocemente adquiridos (PESSOTTI, op. cit., p. 171). É interessante considerar que as concepções históricas estão na base de atuais ideias sobre deficiência mental (Patton e cols., 1990), particularmente quanto às concepções clínicas, à perspectiva desenvolvimentista precoce e à 27 centralidade no déficit. As tendências para mudança na direção de uma perspectiva multidimensional já estão em andamento. A concepção multidimensional do sistema 2002, para a análise clínica vem do modelo teórico da Associação Americana de Deficiência Mental - AAMR, que são dimensionadas e caracterizadas de acordo com os tópicos a seguir. 4.1 Dimensão I: habilidades intelectuais A inteligência é concebida como capacidade geral, incluindo raciocínio, planejamento, solução de problemas, pensamento abstrato, compreensão de ideias complexas, rapidez de aprendizagem e aprendizagem por meio da experiência. (LUCKASSON, op. cit., p. 40). As habilidades intelectuais são, objetivamente, avaliadas por meio de testes psicométricos de inteligência. A dimensão intelectual hegemônica no início do séc. XX, passa a constituir no Sistema 2002, um dos indicadores de déficit intelectual, considerado em relação às outras dimensões. Desse modo, a mensuração da inteligência continua com muito peso, mas não é suficiente para o diagnóstico da deficiência. Enquanto no Sistema 92 da AAMR adotava-se o valor do QI como índice de demarcação da avaliação intelectual, o Sistema 2002 o faz pela medida do desvio padrão. Estabelece, como ponto de definição, duas unidades de desvio padrão (2s) abaixo da média, em testes padronizados para a população considerada. Os seguintes requisitos são recomendados no processo avaliativo: ➢ Qualidade dos instrumentos de medida, considerando a validade dos testes e a adequação de seu uso; ➢ Qualificação do avaliador para a aplicação e interpretação dos resultados dos testes empregados; ➢ Seleção dos informantes quanto a sua legitimidade para fornecer dados sobre a pessoa que está sendo diagnosticada; ➢ Contextualização ambiental e sociocultural na interpretação dos resultados do processo avaliativo; ➢ História clínica e social do sujeito; 28 ➢ Condições físicas e mentais associadas, que possam interferir nos resultados avaliativos das habilidades intelectuais. Os critérios objetivos, próprios das medidas psicométricas e das escalas de mensuração, são recomendados pela AAMR, porém, considerados insuficientes para o diagnóstico da deficiência mental, em suas publicações mais recentes. Os instrumentos recomendados pela AAMR para mensuração da inteligência são: a Wechsler Intelligence Scale for Children - WISC-III, Wechsler Adult Intelligence Scale - WAIS-III, o Stanford-Binet-IV, a Kaufman Assesment Battery for Children. 4.1.1 Dimensão II: comportamento adaptativo O comportamento adaptativo é definido como o conjunto de habilidades conceituais, sociais e práticas adquiridas pela pessoa para corresponder às demandas da vida cotidiana. (Luckasson e cols., 2002, p. 14). Limitações nessas habilidades podem prejudicar a pessoa nas relações com o ambiente e dificultar o convívio no dia a dia. As habilidades conceituais, sociais e práticas constituem áreas do comportamento adaptativo, explicadas a seguir. ➢ Habilidades conceituais – relacionadas aos aspectos acadêmicos, cognitivos e de comunicação. São exemplos dessas habilidades: a linguagem (receptiva e expressiva); a leitura e escrita; os conceitos relacionados ao exercício da autonomia. ➢ Habilidades sociais – relacionadas à competência social. São exemplos dessas habilidades: a responsabilidade; a autoestima; as habilidades interpessoais; a credulidade e ingenuidade (probabilidade de ser enganado, manipulado e alvo de abuso ou violência etc.); a observância de regras, normas e leis; evitar vitimização. ➢ Habilidades práticas – relacionadas ao exercício da autonomia. São exemplos: as atividades de vida diária: alimentar-se e preparar alimentos; arrumar a casa; deslocar-se de maneira independente; utilizar meios de transporte; tomar medicação; manejar dinheiro; usar telefone; cuidar da higiene e do vestuário; as atividades ocupacionais – laborativas e relativas a emprego e trabalho; as atividades que promovem a segurança pessoal. 29 O Sistema 2002 indica para a avaliação do comportamento adaptativo a utilização de instrumentos objetivos de mensuração.Esses instrumentos, existentes em quantidade e diversidade nos Estados Unidos, não estão disponíveis com padronização brasileira. Os seguintes são recomendados: Vineland Adaptative Behavior Scales (VABS), AAMR Adaptative Behavior Scales (ABS), Scales of Independent Behavior (SIB-R), Comprehensive Test of Adaptative Behavior-Revised (CTAB-R) e Adaptative Behavior Assesment System (ABAS). As limitações no comportamento adaptativo são determinadas quantitativamente, levando em conta os resultados obtidos nos instrumentos de mensuração. A exemplo dos testes de inteligência, a demarcação de referência situa-se em duas unidades de desvio padrão (2s) abaixo da média do grupo de referência. Cabe questionamento sobre o uso de instrumentos objetivos na avaliação das habilidades adaptativas, tendo em vista os componentes subjetivos, interativos e contextuais que constituem o comportamento adaptativo. Essa é uma questão aberta a ser discutida. 4.1.2 Dimensão III: participação, interações, papéis sociais Essa dimensão ressalta a importância da participação na vida comunitária. Em relação ao diagnóstico da deficiência mental, dirige-se à avaliação das interações sociais e dos papéis vivenciados pela pessoa, bem como sua participação na comunidade em que vive. A observação e o depoimento são procedimentos de avaliação indicados para essa dimensão, tendo em vista a consideração dos múltiplos contextos envolvidos e a possibilidade diversificada de relações estabelecidas pelo sujeito no mundo físico e social. 4.1.3 Dimensão IV: saúde As condições de saúde física e mental influenciam o funcionamento de qualquer pessoa, facilitam ou inibem suas realizações. A AAMR (2002) indica a necessidade de contemplar, na avaliação diagnóstica da deficiência mental, 30 elementos mais amplos, de modo a incluir fatores etiológicos e de saúde física e mental. 4.1.4 Dimensão V: contextos A dimensão contextual considera as condições em que a pessoa vive, relacionando-as com a qualidade de vida. Os níveis de contexto considerados estão de acordo com a concepção de Bronfenbrenner (1979), incluindo: ➢ microssistema – o ambiente social imediato, envolvendo a família da pessoa e os que lhe são próximos; ➢ mesossistema – a vizinhança, a comunidade e as organizações educacionais e de apoio; ➢ macrossistema – o contexto cultural, a sociedade, os grupos populacionais. São considerados na avaliação diagnóstica as práticas e valores culturais, as oportunidades educacionais, de trabalho e lazer, bem como as condições contextuais de desenvolvimento da pessoa. São consideradas também, as condições ambientais relacionadas ao seu bem-estar, saúde, segurança pessoal, conforto material, estímulo ao desenvolvimento e condições de estabilidade no momento presente. A avaliação dos contextos prescinde da utilização de medidas padronizadas, prevalecendo critérios qualitativos e de julgamento clínico. Para quem realiza o diagnóstico, a visão dessas diferenças é tão importante quanto os padrões de similaridade que permitem sua constituição como uma categoria dentro dos sistemas categoriais. A utilização dos sistemas internacionais, isolados ou combinados, pode oferecer aos profissionais que realizam o diagnóstico elementos referenciais para a sua atuação. “O clínico defronta-se, entretanto, com os seguintes desafios: ➢ compatibilizar os pontos de convergência e divergência, entre os sistemas de classificação, no que diz respeito à definição e classificação de deficiência mental; ➢ utilizar instrumentos de mensuração de inteligência válidos e confiáveis, de modo a fundamentar a avaliação do funcionamento intelectual; 31 ➢ sujeitar os instrumentos ao julgamento clínico, o que exige ampla experiência; ➢ promover o diagnóstico precoce da deficiência mental; ➢ comunicar apropriadamente o diagnóstico à família, de modo a favorecer o processo de aceitação da deficiência; ➢ atender à demanda de diagnóstico aplicável a finalidades educacionais; ➢ promover e apropriar-se de avanços na concepção e no diagnóstico da deficiência mental; ➢ posicionar-se quanto ao uso de critérios clinicamente convencionados e de referências unidimensionais sobre a deficiência mental, sejam de natureza estritamente biológica ou psicométrica; ➢ lidar com a complexidade de manuseio dos sistemas internacionais de classificação e com suas modificações”. Para aplicar as técnicas e os métodos não basta apenas a formação na área clínica. É necessário conhecer exatamente o que se está aplicando e ter uma vasta experiência na área, pois dar um laudo de deficiência intelectual, por muitas vezes pode rotular a vida do indivíduo, o que irá influenciar em diversos aspectos. 4.2 Intervenções Após obter o laudo clínico que comprovará a dificuldade de aprendizagem, são necessárias medidas imediatas, tanto por parte do tratamento clínico quanto medidas familiares e profissionais da educação. A intervenção é um ciclo. É de suma importância que o indivíduo, independentemente da faixa etária, continue com o acompanhamento e tratamento clínico, bem como sua família (responsáveis). É importante lembrar que os familiares, de modo geral, não estão preparados para lidar com tais dificuldades. Eles precisarão, então, do apoio e parceria dos demais envolvidos. Em sala de aula torna-se um desafio, pois educar um aluno não é apenas uma questão de conteúdo, mas também de ensiná-los a viver, a administrar suas vidas e a conviver na sociedade, ou seja, ser professor vai além das questões 32 de disciplinas como Português e Matemática. Dessa forma, é necessário saber qual é a melhor maneira de aplicar os conteúdos em “sua” sala de aula. Infelizmente, para muitos alunos, a dificuldade de aprendizagem nas diferentes etapas da sua vida (infância, adolescência e adulta) se dá pelo fato de o professor não conseguir dominar suas práticas pedagógicas em sala de aula. Existem diversos mecanismos educacionais que, quando são aplicados de maneira eficaz, podem fazer a diferença no ensino, como por exemplo: ➢ Plano de trabalho - Observar e compreender. É necessário o professor conhecer bem seus alunos, para que consiga elaborar tal plano, com as ações a serem tomadas e os meios que utilizará para executá-las. ➢ Avaliação - Essa é o termômetro do professor. É uma das principais formas de verificar o caminho que o aluno está seguindo. Por meio dela, o professor poderá descobrir as reais dificuldades e necessidades de seus alunos, interferindo quando necessário. Avaliações adaptadas podem e devem ser aplicadas. ➢ Contextualização - Além de relacionar os assuntos com o cotidiano dos alunos, é de suma importância fazer uma relação de conteúdos e conceitos com as disciplinas. Entre os diversos papéis que um professor exerce em sala de aula, podemos destacar as funções de observador, analista e ponto de apoio. É importante que essas características sejam identificadas e observadas pelos alunos. É fundamental que a escola busque meios para se trabalhar com as divergências de sala de aula. Alunos com dificuldades de aprendizagem, não são incapazes de aprender. Um dos meios que considero muito importante para se trabalhar com tais dificuldades é a possibilidade de juntar disciplinas diferentes para se trabalhar uma dificuldade em comum, por exemplo: utilizar a aula de artes para se trabalhar de forma específica e mais descontraída, conteúdo das artes e sua relação com o desenvolvimento de potencialidades, o que contribui para a superação ou minimização das dificuldades. 33 Ao conversar com uma professora especialista em artes, ela relatou que a função da arte é dar sentido a vida. Ela possui uma lógica a qual não nos damos conta. É uma atividade inerente ao ser humano. Diante do estímulo, a criançanão fica passiva. Desencadeia sinapses que permitem revelar, por meio das simbologias, um significado, uma ordem, onde a criança se conecta com o seu interior. A arte revela potencialidades e habilidades capazes de educar, encontrar e enfrentar desafios e sensibilizar, proporcionando à criança um campo fértil, onde ela, em contato com a matéria, se expressa e se conhece. A arte cria caminhos metafóricos criando uma relação analógica. O contato com as diversas linguagens da arte como, música, dança, teatro, expressão corporal, expressão visual, canto, nos dá possibilidades, ainda que invisíveis, onde a criança estabelece um diálogo. Diante do processo, a criança se surpreende, tornando a experimentação algo original, promovendo interação com o meio e com o outro, viabilizando caminhos efetivos para a inclusão na escola. A produção enriquece o desempenho da comunicação das crianças, valorizando o universo cultural do grupo. Podemos concluir que é essencial que a escola, principalmente por intermédio da figura do professor, adote metodologias específicas de ensino, que irão auxiliar o aluno no processo de aprendizado. Essa ação pode ser realizada de diversas formas, como por meio da inovação na sala de aula, com a integração de atividades lúdicas, como a adoção de ferramentas tecnológicas de apoio ao ensino. O objetivo é estimular o aluno de forma aparentemente despretensiosa, mas intencional, levando-o a desafiar suas próprias limitações. Resumo da Aula Viu-se a seriedade do diagnóstico e laudo fornecido por um profissional da área da saúde, que deve ser realizado após vários testes específicos e precisos que descartam a possibilidade da deficiência intelectual se dar por uma causa única. Porém, o profissional que possui o papel principal para uma descoberta é o professor, sendo ele o observador e mediador para uma 34 intervenção profissional, seguindo com suas intervenções pedagógicas e trabalhando de diversas maneiras possíveis em sala de aula. Atividade de Aprendizagem A fim de ampliar nosso conhecimento no que se refere a intervenções para alunos com D.I, pesquise e descreva possíveis intervenções que podem ser realizadas em sala de aula, após o fechamento de um laudo clínico. 35 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP, 2001. BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília, MEC/SEF, 1997. BRONFENBRENNER, U. (1979) The Ecology of Human Development: Experiments by Nature and Design, Cambridge, MA: Harvard University Press. CORDIÉ, Anny. Os atrasados não existem. Psicanálise de crianças com fracasso escolar. Trad. Sônia Flach e Marta D`Agord. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais, 1994, Salamanca-Espanha. GOMES, M. 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São Paulo, V. 20, n. 2, p. 377-389, 2011 MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília: Editora Universidade de Brasília. 1999 VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Livraria Martins Fontes, 1989. Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade UNINA. O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais.
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